Coluna Contra-Baixo - Escolhendo o Amplificador ideal, por Bruno Ladislau

Fala galera! Aqui vai a segunda coluna do nosso parceiro Bruno Ladislau! Esperamos que gostem!

Nós somos a Orangorock!

Fala pessoal! Tudo bem?

Na coluna passada mencionei algumas dicas que podem nos ajudar na hora de comprar o nosso contrabaixo. É importante deixar claro que esse pensamento é valido independente do equipamento musical.

Esse mês falarei a respeito dos principais tipos de amplificadores, caixas acústicas e falantes disponíveis no mercado nacional e as principais característica de cada um deles. Então vamos lá!

Tipos de configuração.

Combo: nesses o pré- amplificador e a caixa ficam juntos. Podemos encontrar modelos de 30 até 200 Watts de potência ideais para estudo, ensaios e pequenas apresentações. Com relação aos parâmetros de equalização normalmente os combos possuem equalizadores Shelvin de Grave (Low), Médio (Mid) e Agudo (Treble). Alguns possuem controles de Médio Grave (Low Mid) e Médio Agudo (Hight Mid).

Cabeça e caixa: nesses modelos o pré-amplificador e as caixas acústicas são vendidos separadamente. Normalmente esse set up é utilizado em apresentações de médio e grande porte. Esses modelos possuem várias opções de equalização: além dos citados anteriormente, podemos encontrar equalizadores paramétricos para as frequências médias, equalizadores gráficos além de alguns possuírem efeitos como drive, compressor e limiter.

Tipos de Amplificadores

Valvulados: possuem uma sonoridade mais encorpada e mais "quente". Esse "calor" é resultante da passagem do sinal elétrico pelas válvulas que acabam acrescentando harmônicos pares. É importante saber que as válvulas possuem características timbristicas particulares. Podemos encontrar algumas que realçam as frequências graves, médias e agudas. Esses tipos de prés são muito sensíveis a quedas e movimentos bruscos, principalmente quando estão funcionando, já que o aquecimento das válvulas e do próprio sistema deixa o mesmo muito vulnerável a qualquer dano.

Transistorizados: nesses modelos de amplificadores, o sinal elétrico passa apenas por transistores. As principais características desse sistema são o baixo consumo de energia, maior robustez e baixo custo de manutenção. Outra característica dos sistemas transistorizados é o baixo nível de ruído, que normalmente atormenta a vida do instrumentista, principalmente em ambientes não controlados, como bares e casas de show.

Sistemas Híbridos: nesses sistemas as válvulas são simuladas em processos digitais, ou até mesmo são incluídas num circuito de pré-transistorizado. Assim, depois de amplificado pelos integrados, o sinal passa por uma ou mais válvulas na esperança de se obter um som melhor. Na maioria dos casos esse processo não é bem sucedido, sendo encontrado em equipamentos profissionais obscuros ou prés semi profissionais.

Configuração de Caixas Acústicas

2x10’: Esse tipo de configuração normalmente funciona bem em ambientes pequenos. Por possuir apenas 2 falantes de 10’ em situações com muita pressão sentiremos falta das frequências graves e médias graves.

4x10’: Essas caixas acústicas possuem muita definição nas frequências médias graves e agudas com bom volume sonoro. Dependendo da dimensão do lugar que estamos tocando podemos sentir falta das baixas frequências. Esse tipo de caixa trabalha muito bem aliada a uma caixa de 1x 15’.

1x15’: Diferentemente do modelo citado acima, o falante de 15 polegadas possui uma boa resposta nas frequências graves. Se usada sozinha provavelmente sentiremos falta das frequências médias e agudas.

8x10’: É sem sombras de duvidas a configuração mais equilibrada. A presença de 8 falantes de 10 polegadas define muito bem as frequências médias com altas frequências controladas e muito equilíbrio e definição na região dos graves. 

Tipos de Falantes

Falantes de Alumínio: possui um brilho muito presente, o que dependendo da equalização feita pelo instrumentista pode deixar o som mais metálico.

Falantes de papelão: a sonoridade desse tipo de falante é mais aveludada e opaca. Dependendo da equalização podemos atingir um timbre muito próximo dos contrabaixos acústicos.

Falantes Híbridos: esses modelos são confeccionados usando os 2 materiais, buscando unir o som aveludado do papelão com a definição dos falantes alumínio. Normalmente a parte de fora do cone é feita com papelão e a parte interna com alumínio.

Na próxima coluna falarei a respeito de como a escolha das cordas e dos cabos podem influenciar a sonoridade do nosso instrumento.

Abraço a todos!